Bom, nós da turma do 2º semestre de Odontologia na faculdade Leão Sampaio tivemos a primeira aula de escultura dental, e as perspectivas eram de empolgação, e ansiedade. Mas logo que começou a aula, vimos que era bem complicado e exigia muita paciência e precisão no início. A aula seguiu com progresso, a Lorem krsna quebrou seu primeiro bloquinho de cera, a Socorro fez em seu incríveis alguns minutos e eu, com muita paciência fiz meu primeiro dente em escultura de cera, um incisivo superior esquerdo, meu orgulho, 'só precisa diferenciar mais a face mesial e distal'(Prof. Prof. Roberto Haniery).
Mas enfim, para ser minha primeira aula, eu fui até bem. Boa sorte pra todos da 106 nesse semestre!!!
terça-feira, 23 de agosto de 2011
domingo, 5 de junho de 2011
Enfim, o primeiro semestre tá acabando.
As melhores mentes, os piores atrapalhados, e os indescritíveis, amigos...
Nesse final de semestre, cheio de atividades e de coisas para estudar, só queria dizer uufa!!
Mas o pesado ainda está por vir, e quero ver, aos que vão continuar no próximo semestre, as dificuldaes!!, porém a perseverança!! e esse é o meu e o de muitos, o forte.
Parabéns a todos os estudantes de odontologia do 1º semestre da LEÃO!!
Nesse final de semestre, cheio de atividades e de coisas para estudar, só queria dizer uufa!!
Mas o pesado ainda está por vir, e quero ver, aos que vão continuar no próximo semestre, as dificuldaes!!, porém a perseverança!! e esse é o meu e o de muitos, o forte.
Parabéns a todos os estudantes de odontologia do 1º semestre da LEÃO!!
sexta-feira, 3 de junho de 2011
pesssoas que me divulgaram ^^
Lorem Krsna : filhotedefauchard.blogspot.com
Gil neves: gilneves18.blogspot.com
Patrícia Mylena: patriciamylena.blogspot.com
Caio sávio: odonto2011leao.blogspot.com
Gil neves: gilneves18.blogspot.com
Patrícia Mylena: patriciamylena.blogspot.com
Caio sávio: odonto2011leao.blogspot.com
Filhote de Fauchard: Convivência na 106.1
Filhote de Fauchard: Convivência na 106.1: "Eugênia e eu Natã, Romeu, Ismael e eu A convivência é uma coisa engraçada. Quase tão engraçada como a mania do ser humano de tentar an..."
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Artigo 10 - Gincana
O TRATAMENTO ODONTOLÓGICO COMO GERADOR DE ANSIEDADE.
Rosana de Fátima Possobon; Karina Camillo Carrascoza; Antonio Bento Alves de Moraes; Áderson Luiz Costa Jr. O TRATAMENTO ODONTOLÓGICO COMO GERADOR DE ANSIEDADE.
“A submissão a tratamento odontológico tem sido relatada, por muitos pacientes, como uma condição geradora de estresse e de ansiedade (Moraes, Costa Junior & Rolim, 2004; Possobon, Caetano & Moraes, 1998; Poulton, Thomson, Brown & Silva, 1998). Além dos fatores aversivos inerentes ao tratamento, incluindo equipamentos e instrumentos, é possível que a sensação de ter parte de seu corpo físico invadida leve o paciente a perceber a situação como ameaçadora (Klatchoian, 2002), gerando maior probabilidade de comportamentos de esquiva e/ou fuga.” (p.610)
“Como a função principal do cirurgião-dentista é manter uma boa condição de saúde bucal de seu paciente e, para tanto, necessita avaliá-lo em visitas preventivas freqüentes, é essencial esse profissional fazer uso de intervenções que ajudem o paciente a adquirir e manter comportamentos de saúde, bem como a enfrentar a situação odontológica com um mínimo de estresse. Entretanto, para que o cirurgiãodentista possa implementar estratégias que minimizem o estresse comumente gerado pelo tratamento e pelo ambiente do consultório, é necessário que aprenda a identificar comportamentos indicadores de ansiedade e seja capaz de estabelecer uma adequada relação com o paciente.” (p.610)
“As crianças que evocam alta freqüência de comportamentos que dificultam ou impedem a atuação do cirurgião-dentista devem ser submetidas a sessões planejadas de tratamento, nas quais práticas educativas e estratégias cognitivas e comportamentais podem permitir o manejo do comportamento sem a necessidade de contingências aversivas (Moraes, Possobon, Costa Junior & Rolim, 2005). Não obstante, algumas situações, tais como as de urgência, a criança não-colaboradora pode ser contida fisicamente para que seja realizado o tratamento emergencial e proporcionada a eliminação da dor e/ou interrupção do processo infeccioso. A partir desta sessão, várias outras sessões podem ser necessárias para a adaptação comportamental da criança à situação odontológica e a continuidade ao tratamento com a sua colaboração.” (p.611)
“O papel do cirurgião-dentista não deveria se limitar à execução do tratamento bucal, mas incluir a identificação de situações geradoras de ansiedade para o paciente e a investigação de suas possíveis origens. Desse modo, evitar-se-ia a evocação de comportamentos de medo e poder-se-ia intervir no sentido de ensinar o paciente a perceber a situação odontológica sob outro aspecto, com menor suscetibilidade à ansiedade. A colaboração de pesquisadores de psicologia treinados em estratégias comportamentais e cognitivas tem sido cada vez mais comum em alguns grandes centros de atendimento odontológico (Moraes, Costa Junior & Rolim, 2004).” (p.612)
“Relatos de pais parecem apontar para o fato de que a criança desenvolve melhor interação social com odontopediatras que demonstram preocupação com os sentimentos da criança ao longo das sessões de tratamento, o que poderia influenciar positivamente a percepção da criança em relação ao profissional (Majstorovic, Skrinjaric, Glavina & Szirovicza, 2001).” (p.613)
“Segundo Klatchoian (2002), a odontologia, por ser uma área sujeita a uma grande quantidade de estressores, destacando-se entre eles a dificuldade em lidar com o paciente, pode levar à exaustão profissional. A autora faz referência a diversos trabalhos de pesquisa que avaliam a incidência de doenças relacionadas ao estresse em cirurgiõesdentistas. Os dados apontam que a incidência de alterações coronarianas e hipertensão arterial é 25% mais freqüente nestes profissionais do que na população geral.” (p.615)
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/pe/v12n3/v12n3a18.pdf
Rosana de Fátima Possobon; Karina Camillo Carrascoza; Antonio Bento Alves de Moraes; Áderson Luiz Costa Jr. O TRATAMENTO ODONTOLÓGICO COMO GERADOR DE ANSIEDADE.
“A submissão a tratamento odontológico tem sido relatada, por muitos pacientes, como uma condição geradora de estresse e de ansiedade (Moraes, Costa Junior & Rolim, 2004; Possobon, Caetano & Moraes, 1998; Poulton, Thomson, Brown & Silva, 1998). Além dos fatores aversivos inerentes ao tratamento, incluindo equipamentos e instrumentos, é possível que a sensação de ter parte de seu corpo físico invadida leve o paciente a perceber a situação como ameaçadora (Klatchoian, 2002), gerando maior probabilidade de comportamentos de esquiva e/ou fuga.” (p.610)
“Como a função principal do cirurgião-dentista é manter uma boa condição de saúde bucal de seu paciente e, para tanto, necessita avaliá-lo em visitas preventivas freqüentes, é essencial esse profissional fazer uso de intervenções que ajudem o paciente a adquirir e manter comportamentos de saúde, bem como a enfrentar a situação odontológica com um mínimo de estresse. Entretanto, para que o cirurgiãodentista possa implementar estratégias que minimizem o estresse comumente gerado pelo tratamento e pelo ambiente do consultório, é necessário que aprenda a identificar comportamentos indicadores de ansiedade e seja capaz de estabelecer uma adequada relação com o paciente.” (p.610)
“As crianças que evocam alta freqüência de comportamentos que dificultam ou impedem a atuação do cirurgião-dentista devem ser submetidas a sessões planejadas de tratamento, nas quais práticas educativas e estratégias cognitivas e comportamentais podem permitir o manejo do comportamento sem a necessidade de contingências aversivas (Moraes, Possobon, Costa Junior & Rolim, 2005). Não obstante, algumas situações, tais como as de urgência, a criança não-colaboradora pode ser contida fisicamente para que seja realizado o tratamento emergencial e proporcionada a eliminação da dor e/ou interrupção do processo infeccioso. A partir desta sessão, várias outras sessões podem ser necessárias para a adaptação comportamental da criança à situação odontológica e a continuidade ao tratamento com a sua colaboração.” (p.611)
“O papel do cirurgião-dentista não deveria se limitar à execução do tratamento bucal, mas incluir a identificação de situações geradoras de ansiedade para o paciente e a investigação de suas possíveis origens. Desse modo, evitar-se-ia a evocação de comportamentos de medo e poder-se-ia intervir no sentido de ensinar o paciente a perceber a situação odontológica sob outro aspecto, com menor suscetibilidade à ansiedade. A colaboração de pesquisadores de psicologia treinados em estratégias comportamentais e cognitivas tem sido cada vez mais comum em alguns grandes centros de atendimento odontológico (Moraes, Costa Junior & Rolim, 2004).” (p.612)
“Relatos de pais parecem apontar para o fato de que a criança desenvolve melhor interação social com odontopediatras que demonstram preocupação com os sentimentos da criança ao longo das sessões de tratamento, o que poderia influenciar positivamente a percepção da criança em relação ao profissional (Majstorovic, Skrinjaric, Glavina & Szirovicza, 2001).” (p.613)
“Segundo Klatchoian (2002), a odontologia, por ser uma área sujeita a uma grande quantidade de estressores, destacando-se entre eles a dificuldade em lidar com o paciente, pode levar à exaustão profissional. A autora faz referência a diversos trabalhos de pesquisa que avaliam a incidência de doenças relacionadas ao estresse em cirurgiõesdentistas. Os dados apontam que a incidência de alterações coronarianas e hipertensão arterial é 25% mais freqüente nestes profissionais do que na população geral.” (p.615)
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/pe/v12n3/v12n3a18.pdf
Artigo 9 - Gincana
Um novo olhar bioético sobre as pesquisas odontológicas brasileiras.
Mirelle Finkler; Maria Cristina Calvo; João Carlos Caetano; Flávia Regina Souza Ramos.Um novo olhar bioético sobre as pesquisas odontológicas brasileiras.
“A odontologia enquanto ciência da saúde lida com a vida e com o sofrimento do ser humano. No seu processo de trabalho, se evidenciam questões sociais, humanas e éticas, a partir das situações bilaterais que se estabelecem individualmente entre profissionais pacientes e, coletivamente, entre a prática profissional e a sociedade.” (p.1206)
“Um conceito amplamente divulgado de bioética define-a como um “estudo sistemático das dimensões morais incluindo visão moral, decisões, condutas e políticas – das ciências da vida e dos cuidados da saúde, empregando uma variedade de metodologias éticas em um ambiente interdisciplinar3”, de onde se depreende que há diferentes tendências de análise em bioética.” (p.1206)
“A presente pesquisa emprega um instrumento elaborado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação, denominado Qualis. Com o objetivo de atender a necessidades específicas do sistema de avaliação da CAPES, o Qualis se baseia nas informações anualmente fornecidas pelos programas de pós-graduação, quanto aos veículos utilizados para a divulgação da produção intelectual de seus docentes e alunos.” (p.1207)
“Embora não seja objetivo deste trabalho discutir a avaliação dos periódicos, a não ser por sua temática, fica evidente a baixa classificação das revistas segundo os critérios adotados pela CAPES. Péret et al, analisando os critérios de avaliação da CAPES para a área de odontologia, concluíram que o atual modelo de sociedade, baseado no ideário neoliberal, sob a lógica do mercado, tem fundamentado o modelo de avaliação, o qual revela duas tendências principais: a da internacionalização e a do afastamento do Estado do financiamento de pesquisas.” (p.1208)
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/csc/v14n4/a21v14n4.pdf
Mirelle Finkler; Maria Cristina Calvo; João Carlos Caetano; Flávia Regina Souza Ramos.Um novo olhar bioético sobre as pesquisas odontológicas brasileiras.
“A odontologia enquanto ciência da saúde lida com a vida e com o sofrimento do ser humano. No seu processo de trabalho, se evidenciam questões sociais, humanas e éticas, a partir das situações bilaterais que se estabelecem individualmente entre profissionais pacientes e, coletivamente, entre a prática profissional e a sociedade.” (p.1206)
“Um conceito amplamente divulgado de bioética define-a como um “estudo sistemático das dimensões morais incluindo visão moral, decisões, condutas e políticas – das ciências da vida e dos cuidados da saúde, empregando uma variedade de metodologias éticas em um ambiente interdisciplinar3”, de onde se depreende que há diferentes tendências de análise em bioética.” (p.1206)
“A presente pesquisa emprega um instrumento elaborado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) do Ministério da Educação, denominado Qualis. Com o objetivo de atender a necessidades específicas do sistema de avaliação da CAPES, o Qualis se baseia nas informações anualmente fornecidas pelos programas de pós-graduação, quanto aos veículos utilizados para a divulgação da produção intelectual de seus docentes e alunos.” (p.1207)
“Embora não seja objetivo deste trabalho discutir a avaliação dos periódicos, a não ser por sua temática, fica evidente a baixa classificação das revistas segundo os critérios adotados pela CAPES. Péret et al, analisando os critérios de avaliação da CAPES para a área de odontologia, concluíram que o atual modelo de sociedade, baseado no ideário neoliberal, sob a lógica do mercado, tem fundamentado o modelo de avaliação, o qual revela duas tendências principais: a da internacionalização e a do afastamento do Estado do financiamento de pesquisas.” (p.1208)
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/csc/v14n4/a21v14n4.pdf
Artigo 8 - Gincana
Estética em Ortodontia: seis linhas horizontais do sorriso
Carlos Alexandre Câmara. Estética em Ortodontia: seis linhas horizontais do sorriso.
“A obtenção de um sorriso bonito é sempre o objetivo principal de qualquer tratamento estético odontológico. Afinal, é a beleza do sorriso que fará a diferença entre o resultado estético aceitável ou agradável em qualquer tratamento. Entretanto, apesar da sua importância, as características intrínsecas desse são pouco discutidas.” (p.118)
“O contato interdentário dos dentes anterossuperiores é feito de forma descendente a partir do canino. O contato entre canino e incisivo lateral se posiciona mais alto do que o contato entre o incisivo lateral e o central; o contato entre os incisivos centrais se posiciona mais baixo ainda. Esses pontos de contatos devem ser justos, a menos que exista uma discrepância no diâmetro mesiodistal da coroa2. A posição do contato interdentário está relacionada à posição e morfologia do dente.” (p.122)
“A avaliação clínica do DRED com as quatro linhas e a faixa de conectores permitirá a utilização de um “check list” que poderá detectar os erros de posições dentárias e as suas relações com a gengiva. Com a observação do formato de cada linha, cria-se um planejamento que terá como foco a correção dos defeitos, a harmonização das linhas e a posterior avaliação dos resultados conseguidos. Essa avaliação facilita o diagnóstico e torna mais fácil e prática a detecção de problemas para todos os profi ssionais que tratam de problemas estéticos.” (p.123)
“Além dos dentes, o DRED também envolve os lábios. Com a avaliação labial, chega-se às seis linhas horizontais do sorriso, isto é, além das quatro linhas dentogengivais, somam-se as linhas dos lábios superior e inferior. Tanto o lábio superior quanto o inferior interferem de forma marcante na beleza do sorriso.” (p123;124)
“O sorriso pode ser definido como uma mudançana expressão facial, que envolve o brilho dos olhos, uma curvatura superior dos cantos dos lábios, a não emissão de som e menos distorção das formas dos músculos do que uma risada12. Inicia-se nas comissuras e se estende lateralmente; os lábios inicialmente podem permanecer em contato, exceto nas pessoas que apresentam ausência de selamento labial passivo ou lábio superior curto. À medida que o sorriso se expande, os lábios se separam, as comissuras curvam-se para cima e os dentes são expostos. Os maxilares são separados e desenvolve-se um espaço negro entre os dentes inferiores e superiores que é conhecido como espaço negativo18. No sorriso, a altura do lábio superior diminui e a largura da boca aumenta numa variação de 23% a 28% com relação ao lábio em repouso.” (p.124)
“Embora já se tenha catalogado 18 tipos de sorriso, o que interessa diretamente à Odontologia é aquele que expressa alegria. Essa é a forma de sorriso conhecida como Duchenne, no qual ocorre uma contração da musculatura orbicular dos olhos em combinação com o tracionamento do canto do lábio pelo músculo zigomático maior e é, entre os tipos de sorriso, o que melhor demonstra contentamento ou felicidade. É o sorriso espontâneo.” (p.126)
“O conhecimento das características intrínsecas do sorriso auxilia a percepção estética desse. Saber avaliar o sorriso de cada paciente garante ao profissional a possibilidade de enxergar o que precisa ser feito, o que pode ser feito e o que deve ser aceito. Em outras palavras, saber interpretar as nuances do sorriso dá a cada ortodontista a oportunidade de atuar de forma consciente na estética bucal dos seus pacientes, permitindo que o diagnóstico esteja integrado com o prognóstico, dando uma visão realista dos resultados que podem ser obtidos. Nessa perspectiva, as seis linhas horizontais do sorriso vêm ao encontro desse propósito, uma vez que a análise dessas linhas facilita o entendimento das características intrínsecas do sorriso e traz para cada profissional uma melhor visão das suas chances de sucesso. Entretanto, sabemos que, na avaliação do sorriso, não é suficiente a observação apenas dessas seis linhas, muitos outros fatores também devem ser levados em consideração.” (p.130)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-94512010000100014&lang=pt
Carlos Alexandre Câmara. Estética em Ortodontia: seis linhas horizontais do sorriso.
“A obtenção de um sorriso bonito é sempre o objetivo principal de qualquer tratamento estético odontológico. Afinal, é a beleza do sorriso que fará a diferença entre o resultado estético aceitável ou agradável em qualquer tratamento. Entretanto, apesar da sua importância, as características intrínsecas desse são pouco discutidas.” (p.118)
“O contato interdentário dos dentes anterossuperiores é feito de forma descendente a partir do canino. O contato entre canino e incisivo lateral se posiciona mais alto do que o contato entre o incisivo lateral e o central; o contato entre os incisivos centrais se posiciona mais baixo ainda. Esses pontos de contatos devem ser justos, a menos que exista uma discrepância no diâmetro mesiodistal da coroa2. A posição do contato interdentário está relacionada à posição e morfologia do dente.” (p.122)
“A avaliação clínica do DRED com as quatro linhas e a faixa de conectores permitirá a utilização de um “check list” que poderá detectar os erros de posições dentárias e as suas relações com a gengiva. Com a observação do formato de cada linha, cria-se um planejamento que terá como foco a correção dos defeitos, a harmonização das linhas e a posterior avaliação dos resultados conseguidos. Essa avaliação facilita o diagnóstico e torna mais fácil e prática a detecção de problemas para todos os profi ssionais que tratam de problemas estéticos.” (p.123)
“Além dos dentes, o DRED também envolve os lábios. Com a avaliação labial, chega-se às seis linhas horizontais do sorriso, isto é, além das quatro linhas dentogengivais, somam-se as linhas dos lábios superior e inferior. Tanto o lábio superior quanto o inferior interferem de forma marcante na beleza do sorriso.” (p123;124)
“O sorriso pode ser definido como uma mudançana expressão facial, que envolve o brilho dos olhos, uma curvatura superior dos cantos dos lábios, a não emissão de som e menos distorção das formas dos músculos do que uma risada12. Inicia-se nas comissuras e se estende lateralmente; os lábios inicialmente podem permanecer em contato, exceto nas pessoas que apresentam ausência de selamento labial passivo ou lábio superior curto. À medida que o sorriso se expande, os lábios se separam, as comissuras curvam-se para cima e os dentes são expostos. Os maxilares são separados e desenvolve-se um espaço negro entre os dentes inferiores e superiores que é conhecido como espaço negativo18. No sorriso, a altura do lábio superior diminui e a largura da boca aumenta numa variação de 23% a 28% com relação ao lábio em repouso.” (p.124)
“Embora já se tenha catalogado 18 tipos de sorriso, o que interessa diretamente à Odontologia é aquele que expressa alegria. Essa é a forma de sorriso conhecida como Duchenne, no qual ocorre uma contração da musculatura orbicular dos olhos em combinação com o tracionamento do canto do lábio pelo músculo zigomático maior e é, entre os tipos de sorriso, o que melhor demonstra contentamento ou felicidade. É o sorriso espontâneo.” (p.126)
“O conhecimento das características intrínsecas do sorriso auxilia a percepção estética desse. Saber avaliar o sorriso de cada paciente garante ao profissional a possibilidade de enxergar o que precisa ser feito, o que pode ser feito e o que deve ser aceito. Em outras palavras, saber interpretar as nuances do sorriso dá a cada ortodontista a oportunidade de atuar de forma consciente na estética bucal dos seus pacientes, permitindo que o diagnóstico esteja integrado com o prognóstico, dando uma visão realista dos resultados que podem ser obtidos. Nessa perspectiva, as seis linhas horizontais do sorriso vêm ao encontro desse propósito, uma vez que a análise dessas linhas facilita o entendimento das características intrínsecas do sorriso e traz para cada profissional uma melhor visão das suas chances de sucesso. Entretanto, sabemos que, na avaliação do sorriso, não é suficiente a observação apenas dessas seis linhas, muitos outros fatores também devem ser levados em consideração.” (p.130)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-94512010000100014&lang=pt
Artigo 7 - Gincana
A utilização do laser em Ortodontia.
Leniana Santos Neves, Cíntia Maria de Souza e Silva, José Fernando Castanha Henriques,
Rodrigo Hermont Cançado, Rafael Pinelli Henriques, Guilherme Janson. A utilização do laser em Ortodontia.
“A utilização terapêutica da energia luminosa vem desde os primórdios da civilização, e em 1903, o prêmio Nobel de medicina foi destinado ao Dr.Nielo Ryberg Finsen pelo tratamento realizado com a luz solar em um paciente que apresentava um tipo de tuberculose de pele. Albert Einstein, em 1916, formulou os princípios da amplificação da luz por emissão estimulada de radiação, quando percebeu em seu experimento que a emissão induzida poderia existir e a radiação eletromagnética seria produzida por um processo atômico. No ano de 1960, Theodoro H. Maiman desenvolveu o primeiro aparelho emissor de laser, a cristal de rubi, que passou a ser comercializado. No ano seguinte foi realizada a primeira intervenção cirúrgica com o laser, no Hospital Presbiteriano de Nova York, para a retirada de um pequeno tumor de retina que impedia a visão. Em 1965, Sinclair e Knoll desenvolveram o laser terapêutico, não mais com efeito de corte, mas de bioestimulação dos tecidos.” (p.149)
“Os aparelhos de laser são constituídos por um meio ativo, que pode ser sólido (Rubi), gasoso (mais comuns, como exemplo o CO2, He-Ne, Ar), semicondutor (Diodo - AsGaAl, AsGa), semisólido (Nd-YAG, Er-YAG, YAP), Excímero (KrF, XeCl) ou líquido (pouco usado, como exemplo, rodamine e cumarina - Dy laser). Os lasers são classifi cados de acordo com a potência de emissão da radiação podendo ser: laser de alta, média e baixa intensidade.” (p.150)
“A dosimetria consiste na relação entre a energia transmitida por um emissor laser e a superfície de irradiação do raio de luz, podendo ser expressa em joules por centímetro quadrado (J/cm2). Esta expressão é utilizada quando se fala em dose de tratamento. O tempo de exposição da maioria dos aparelhos atuais possui um cálculo direto, onde o profissional programa no equipamento a DE (densidade energética) e o aparelho mostra o tempo de exposição em função da potência de emissão e da área irradiada2,3,7,14. Existem alguns parâmetros de valores de densidade energética em função do efeito desejado como:
• efeito antiálgico – de 2 a 4 J/cm²
• efeito anti-inflamatório de 1 a 3 J/cm²
• efeito regenerativo de 3 a 6 J/cm²
• efeito circulatório de 1 a 3 J/cm² ”
(p.151)
“A partir dos anos 80 foram estabelecidas algumas normas de segurança para a utilização dos aparelhos a laser. De acordo com as normas éticas, o profissional não deve garantir resultados favoráveis aos pacientes; deve-se ter cuidado com os efeitos secundários, principalmente nos olhos e pele. O raio laser pode provocar alterações sistêmicas indesejáveis, principalmente quando aplicado em glândulas, como por exemplo, a tireóide.” (p.151)
“Deve-se questionar ao paciente se ele faz uso de substâncias químicas fotossensíveis, como o ácido retinóico, tetraciclina, gliseofulvinas, sulfaminas eas furocumarinas, que poderão induzir reações de fotossensibilização na pele, manifestadas por meio de manchas cutâneas nas áreas irradiadas, que tendem a desaparecer após a interrupção do tratamento.” (p.151;152)
“A utilização da luz laser vem se tornando cada vez mais freqüente na clínica odontológica, trazendo benefícios inquestionáveis ao pacientes nas diversas especialidades odontológicas. A Ortodontia também pode se beneficiar dos efeitos da laserterapia, apesar disto ainda não estar bem difundido entre os profissionais desta área. Pode-se utilizar o laser em Ortodontia com as finalidades de: descolagem de braquetes cerâmicos; reparação óssea após a expansão rápida da maxila; odontalgia decorrente da movimentação ortodôntica; polimerização da resina durante a colagem de braquetes; holografia, que permite o armazenamento das imagens dos modelos de gesso; scanner a laser permitindo a utilização de imagens tridimensionais no diagnóstico e planificação do tratamento ortodôntico ou ortodôntico/cirúrgico; diagnóstico de lesão de mancha branca em pacientes ortodônticos; inter-relação Ortodontia e Periodontia e reparo das úlceras traumáticas originadas pelos acessórios ortodônticos. A seguir, será detalhada cada uma destas aplicações da radiação laser em Ortodontia.” (p.152)
“A ação do laser após a realização da expansão rápida da maxila consiste na diminuição da dor ou desconforto do paciente que pode ser decorrente deste procedimento, além de acelerar a reparação óssea.” (p.153)
“No tratamento da odontalgia decorrente da movimentação ortodôntica, o laser possui uma ação analgésica, anti-inflamatória e de reparação dentinária.” (p.153)
“O laser utilizado para a polimerização de resina é o laser de alta intensidade de Argônio que, além da polimerização da resina, aumenta a resistência do esmalte à formação de mancha branca.” (p.153)
“A luz laser vem sendo cada vez mais empregada na Odontologia, mostrando-se eficaz e benéfica quando bem utilizada. Sabe-se que o laser apresenta uma grande diversidade de indicações, podendo ser utilizado com efeitos de corte, de analgesia, de estimulação tecidual, entre vários outros; basta o profissional conhecer bem os tipos de lasers e o modo de ação de cada um deles. Na Ortodontia, a laserterapia também apresenta suas indicações, podendo contribuir sobremaneira com a evolução do tratamento, trazendo benefícios para o profissional e para o paciente.” (p.155)
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/dpress/v10n5/a15v10n5.pdf
terça-feira, 31 de maio de 2011
Artigo 6 - Gincana
Saúde bucal coletiva: caminhos da odontologia sanitária à bucalidade.
Paulo Capel Narvai
“A publicação do “Manual de odontologia sanitária”, em 1960 por Mário Chaves, marcou profundamente a teoria e a prática das intervenções de saúde pública no campo odontológico no país, influenciou várias gerações, e estendeu sua influência por toda a América Latina. Dois anos depois, a publicação da versão espanhola dessa obra pela Organização Pan-americana da Saúde6 consagrou a obra definitivamente.” (p.142)
“A segunda metade do século passado testemunhou o surgimento de várias odontologias no Brasil. No meio acadêmico, consagrou-se a expressão “odontologia social e preventiva” como locus dessa profusão de proposições. Em “Odontologia e saúde bucal coletiva”, Narvai discorre sobre as seguintes odontologias: sanitária, preventiva, social, simplificada, integral, comunitária e, também, a saúde bucal coletiva, analisando-as vis-a-vis com os contextos nas quais emergiram, e explorando suas conexões com propostas mais gerais para o setor saúde e com diferentes projetos de sociedade.” (p.143)
“O SUS é, reconhecidamente, uma importante conquista social dos brasileiros, que se mostrou capaz de resistir à avalanche neoliberal que, nas últimas décadas, destruiu a maioria dos sistemas públicos de saúde na América Latina. Mas reconhecer isso não significa desconsiderar os enormes problemas enfrentados pelo setor de saúde – seja em decorrência das péssimas condições de vida da maioria (com grande impacto sobre os níveis de saúde), seja em conseqüência das dificuldades orçamentárias e gerenciais que marcam a administração pública.” (p.145)
Quanto à formação e trabalho em saúde bucal entendeu-se que o sistema de ensino superior não está cumprindo o seu papel na formação de profissionais comprometidos com o SUS e com o controle social. A formação dos trabalhadores da saúde não se orienta pela compreensão crítica das necessidades sociais em saúde bucal e é conduzida sem debate com os organismos de gestão e de participação social do SUS, resultando em autonomização do Ministério da Educação, das universidades públicas e privadas, das instituições formadoras de trabalhadores de nível médio para a saúde e das associações de especialistas nas decisões relativas às quantidades e características políticas e técnicas dos profissionais de saúde a serem formados. Dessa forma, “se cristalizam barrei-ras para o SUS exercer o preceito constitucional de ordenar os recursos humanos para o Sistema e persistem as inadequações dos profissionais para sua implantação e desenvolvimento efetivos, resultando em dificuldades para as práticas integrais de atenção e queda da qualidade dos serviços”. (p.145;146)
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf
Paulo Capel Narvai
“A publicação do “Manual de odontologia sanitária”, em 1960 por Mário Chaves, marcou profundamente a teoria e a prática das intervenções de saúde pública no campo odontológico no país, influenciou várias gerações, e estendeu sua influência por toda a América Latina. Dois anos depois, a publicação da versão espanhola dessa obra pela Organização Pan-americana da Saúde6 consagrou a obra definitivamente.” (p.142)
“A segunda metade do século passado testemunhou o surgimento de várias odontologias no Brasil. No meio acadêmico, consagrou-se a expressão “odontologia social e preventiva” como locus dessa profusão de proposições. Em “Odontologia e saúde bucal coletiva”, Narvai discorre sobre as seguintes odontologias: sanitária, preventiva, social, simplificada, integral, comunitária e, também, a saúde bucal coletiva, analisando-as vis-a-vis com os contextos nas quais emergiram, e explorando suas conexões com propostas mais gerais para o setor saúde e com diferentes projetos de sociedade.” (p.143)
“O SUS é, reconhecidamente, uma importante conquista social dos brasileiros, que se mostrou capaz de resistir à avalanche neoliberal que, nas últimas décadas, destruiu a maioria dos sistemas públicos de saúde na América Latina. Mas reconhecer isso não significa desconsiderar os enormes problemas enfrentados pelo setor de saúde – seja em decorrência das péssimas condições de vida da maioria (com grande impacto sobre os níveis de saúde), seja em conseqüência das dificuldades orçamentárias e gerenciais que marcam a administração pública.” (p.145)
Quanto à formação e trabalho em saúde bucal entendeu-se que o sistema de ensino superior não está cumprindo o seu papel na formação de profissionais comprometidos com o SUS e com o controle social. A formação dos trabalhadores da saúde não se orienta pela compreensão crítica das necessidades sociais em saúde bucal e é conduzida sem debate com os organismos de gestão e de participação social do SUS, resultando em autonomização do Ministério da Educação, das universidades públicas e privadas, das instituições formadoras de trabalhadores de nível médio para a saúde e das associações de especialistas nas decisões relativas às quantidades e características políticas e técnicas dos profissionais de saúde a serem formados. Dessa forma, “se cristalizam barrei-ras para o SUS exercer o preceito constitucional de ordenar os recursos humanos para o Sistema e persistem as inadequações dos profissionais para sua implantação e desenvolvimento efetivos, resultando em dificuldades para as práticas integrais de atenção e queda da qualidade dos serviços”. (p.145;146)
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v40nspe/30633.pdf
Artigo 5 - Gincana
O papel da odontologia na equipe interdisciplinar: contribuindo para a atenção integral ao idoso
Rosemary Sadami Arai Shinkai
Altair Antoninha Del Bel Cury
“Um dos grandes desafios para a atenção ao idoso advém do fato de que quanto mais envelhecem, mais diferentes se tornam as pessoas. O agrupamento de indivíduos com histórias biológica, psíquica e social distintas em uma mesma faixa etária resulta em grande heterogeneidade de características e demandas. O atendimento, portanto, requer um olhar e um interagir com a compreensão da individualidade do idoso, o que inviabiliza e exclui qualquer abordagem de caráter universal.” (p.1100)
“Deve ser discutida ainda a necessidade de eliminação dos preconceitos em relação à atuação da odontologia. Assim como o idoso não deve ser uma boca para o dentista, e boca em idoso não se restringe à dentadura, a odontologia não se limita à boca, e esta não é igual a dentes e gengiva. É preciso que haja afastamento de mitos e estereótipos que cercam o tratamento odontológico na terceira idade, bem como divulgação de informações entre os próprios cirurgiões-dentistas, os demais profissionais de saúde, as autoridades e a população em geral, incluindo principalmente os idosos e seus familiares.” (p.1100)
“A introdução da geriatria e da gerontologia na área odontológica vem sendo feita de forma lenta e não sistematizada no Brasil e na maioria dos países em desenvolvimento que estão passando pela transição demográfica. Mesmo nos países do Primeiro Mundo, a odontologia geriátrica consolidou seu espaço apenas no final dos anos 70 e na década seguinte. São exemplos a fundação da International Association of Gerodontology (IAG), em 1983 (Künzel, 1991); a primeira reunião do grupo de trabalho da Federação Dentária Internacional, sobre a saúde bucal do idoso, em 1988 (FDI, 1993); o desenvolvimento de programas e módulos curriculares em Odontologia Geriátrica para as faculdades de Odontologia dos Estados Unidos, nos anos 80 (Werner et al., 1998).” (p.1101)
“A análise dos problemas odontológicos freqüentemente encontrados nos idosos é derivada de levantamentos epidemiológicos internacionais, desenvolvidos principalmente nos Estados Unidos e nos países escandinavos (Holm- Pedersen & Löe, 1996; Rutkauskas, 1997). Como citado anteriormente, a casuística brasileira sobre a saúde bucal do idoso é pobre. Alguns trabalhos epidemiológicos brasileiros realizados em idosos observaram um nível bastante precário de saúde bucal nas populações estudadas.” (p.1102)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2000000400028&lang=pt
Rosemary Sadami Arai Shinkai
Altair Antoninha Del Bel Cury
“Um dos grandes desafios para a atenção ao idoso advém do fato de que quanto mais envelhecem, mais diferentes se tornam as pessoas. O agrupamento de indivíduos com histórias biológica, psíquica e social distintas em uma mesma faixa etária resulta em grande heterogeneidade de características e demandas. O atendimento, portanto, requer um olhar e um interagir com a compreensão da individualidade do idoso, o que inviabiliza e exclui qualquer abordagem de caráter universal.” (p.1100)
“Deve ser discutida ainda a necessidade de eliminação dos preconceitos em relação à atuação da odontologia. Assim como o idoso não deve ser uma boca para o dentista, e boca em idoso não se restringe à dentadura, a odontologia não se limita à boca, e esta não é igual a dentes e gengiva. É preciso que haja afastamento de mitos e estereótipos que cercam o tratamento odontológico na terceira idade, bem como divulgação de informações entre os próprios cirurgiões-dentistas, os demais profissionais de saúde, as autoridades e a população em geral, incluindo principalmente os idosos e seus familiares.” (p.1100)
“A introdução da geriatria e da gerontologia na área odontológica vem sendo feita de forma lenta e não sistematizada no Brasil e na maioria dos países em desenvolvimento que estão passando pela transição demográfica. Mesmo nos países do Primeiro Mundo, a odontologia geriátrica consolidou seu espaço apenas no final dos anos 70 e na década seguinte. São exemplos a fundação da International Association of Gerodontology (IAG), em 1983 (Künzel, 1991); a primeira reunião do grupo de trabalho da Federação Dentária Internacional, sobre a saúde bucal do idoso, em 1988 (FDI, 1993); o desenvolvimento de programas e módulos curriculares em Odontologia Geriátrica para as faculdades de Odontologia dos Estados Unidos, nos anos 80 (Werner et al., 1998).” (p.1101)
“A análise dos problemas odontológicos freqüentemente encontrados nos idosos é derivada de levantamentos epidemiológicos internacionais, desenvolvidos principalmente nos Estados Unidos e nos países escandinavos (Holm- Pedersen & Löe, 1996; Rutkauskas, 1997). Como citado anteriormente, a casuística brasileira sobre a saúde bucal do idoso é pobre. Alguns trabalhos epidemiológicos brasileiros realizados em idosos observaram um nível bastante precário de saúde bucal nas populações estudadas.” (p.1102)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2000000400028&lang=pt
Artigo 4 - Gincana
Feminização do curso de odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros
Simone de Melo Costa Sarah Jane Alves Durães Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu. Feminização do curso de odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros.
“A odontologia, historicamente, tem sido caracterizada como uma profissão tipicamente masculina. No entanto, atualmente, tem-se discutido que ela passa por um processo crescente de feminização. Esse termo é também utilizado na literatura como feminilização e se refere, normalmente, a um franco crescimento da população feminina em algumas profissões que historicamente eram desempenhadas pelos homens, como exemplo medicina e odontologia. Entretanto, neste artigo o termo feminização deve ser entendido não somente como um processo de alteração quantitativa de mulheres em determinada área ou setor de trabalho, por exemplo, mas como uma alteração qualitativa de atributos masculinos ou femininos que tendem a ser associados às atividades desenvolvidas dentro das ocupações.” (p.1866)
“A entrada feminina nas instituições de ensino superior é um fenômeno recente; especificamente, referimo-nos ao boom ocorrido a partir da década de setenta, cujo impacto no campo do trabalho é, ainda, pouco dimensionado no estudo das profissões. De 1991 a 2004, o número de estudantes do sexo feminino no ensino superior cresceu 181%, sendo que o crescimento de estudantes masculinos foi de 148%.” (p.1866)
“Sabe-se que o mercado de trabalho torna-se mais receptivo a quem está mais qualificado.Dessa forma, as mulheres mais instruídas apresentam maior participação no mercado, podendo ter atividades mais gratificantes e melhor remuneradas, compensando as despesas, com a estrutura doméstica, que suprem sua saída do lar. Assim como acontece com os homens, a atividade das mulheres aumenta entre as que têm mais de oito anos de estudo. Quando as mesmas têm nível superior de ensino (quinze anos ou mais), elas tornam-se mais ativas.” (p.1867)
“O movimento feminista ocorrido na década de setenta se constituiu como uma manifestação de mulheres que, mesmo integrando diferentes classes sociais, viviam situações de discriminação muito semelhantes. Entre as conquistas daquele movimento reivindicatório, as mulheres que possuíam melhores condições econômicas se inserem no ensino universitário e, consequentemente, entram no mercado de trabalho.” (p.1868)
“Da segregação ao gueto, homens e mulheres convivem no mesmo espaço profissional, à mixidade de gênero, o que pressupõe condições igualitárias de exercício das funções. O fato de as mulheres estarem se inserindo dentro de setores anteriormente masculinos, com exigência de alta qualificação, abre novas perspectivas, visando ao sentido de promoção de igualdades num primeiro momento. A partir daí, passou-se a argumentar no sentido de suprimir as diferenças entre gêneros no mercado de trabalho.” (p.1869)
“O acesso às universidades é fruto do processo de modernização e de mudança cultural no nosso país e oportunizou a inserção das mulheres em novos postos de trabalhos, mais gratificantes e melhor remunerados, considerando a educação como bem estruturador de novas relações de poder. O curso de graduação em odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros, Unimontes, desde a sua implantação, tem apresentado uma maior porcentagem de mulheres, tanto com relação aos ingressos (52,43%) como também em relação aos formados (61,40%). A diferença entre homens e mulheres já se inicia desde o processo seletivo, em que a procura pelo curso é majoritariamente das mulheres (65,16%).” (p.1872)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000700100&lang=pt
Simone de Melo Costa Sarah Jane Alves Durães Mauro Henrique Nogueira Guimarães de Abreu. Feminização do curso de odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros.
“A odontologia, historicamente, tem sido caracterizada como uma profissão tipicamente masculina. No entanto, atualmente, tem-se discutido que ela passa por um processo crescente de feminização. Esse termo é também utilizado na literatura como feminilização e se refere, normalmente, a um franco crescimento da população feminina em algumas profissões que historicamente eram desempenhadas pelos homens, como exemplo medicina e odontologia. Entretanto, neste artigo o termo feminização deve ser entendido não somente como um processo de alteração quantitativa de mulheres em determinada área ou setor de trabalho, por exemplo, mas como uma alteração qualitativa de atributos masculinos ou femininos que tendem a ser associados às atividades desenvolvidas dentro das ocupações.” (p.1866)
“A entrada feminina nas instituições de ensino superior é um fenômeno recente; especificamente, referimo-nos ao boom ocorrido a partir da década de setenta, cujo impacto no campo do trabalho é, ainda, pouco dimensionado no estudo das profissões. De 1991 a 2004, o número de estudantes do sexo feminino no ensino superior cresceu 181%, sendo que o crescimento de estudantes masculinos foi de 148%.” (p.1866)
“Sabe-se que o mercado de trabalho torna-se mais receptivo a quem está mais qualificado.Dessa forma, as mulheres mais instruídas apresentam maior participação no mercado, podendo ter atividades mais gratificantes e melhor remuneradas, compensando as despesas, com a estrutura doméstica, que suprem sua saída do lar. Assim como acontece com os homens, a atividade das mulheres aumenta entre as que têm mais de oito anos de estudo. Quando as mesmas têm nível superior de ensino (quinze anos ou mais), elas tornam-se mais ativas.” (p.1867)
“O movimento feminista ocorrido na década de setenta se constituiu como uma manifestação de mulheres que, mesmo integrando diferentes classes sociais, viviam situações de discriminação muito semelhantes. Entre as conquistas daquele movimento reivindicatório, as mulheres que possuíam melhores condições econômicas se inserem no ensino universitário e, consequentemente, entram no mercado de trabalho.” (p.1868)
“Da segregação ao gueto, homens e mulheres convivem no mesmo espaço profissional, à mixidade de gênero, o que pressupõe condições igualitárias de exercício das funções. O fato de as mulheres estarem se inserindo dentro de setores anteriormente masculinos, com exigência de alta qualificação, abre novas perspectivas, visando ao sentido de promoção de igualdades num primeiro momento. A partir daí, passou-se a argumentar no sentido de suprimir as diferenças entre gêneros no mercado de trabalho.” (p.1869)
“O acesso às universidades é fruto do processo de modernização e de mudança cultural no nosso país e oportunizou a inserção das mulheres em novos postos de trabalhos, mais gratificantes e melhor remunerados, considerando a educação como bem estruturador de novas relações de poder. O curso de graduação em odontologia da Universidade Estadual de Montes Claros, Unimontes, desde a sua implantação, tem apresentado uma maior porcentagem de mulheres, tanto com relação aos ingressos (52,43%) como também em relação aos formados (61,40%). A diferença entre homens e mulheres já se inicia desde o processo seletivo, em que a procura pelo curso é majoritariamente das mulheres (65,16%).” (p.1872)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000700100&lang=pt
Artigo 3 - Gincana
Espécies vegetais indicadas na odontologia
Francielda Q. Oliveira, Bárbara Gobira, Carolina Guimarães, Jamylle Batista, Mariana
Barreto, Mônica Souza. Espécies vegetais indicadas na odontologia.
“A cárie dentária é uma infecção microbiana dos tecidos calcificados dos dentes, um processo dinâmico caracterizado por perda mineral, que ocorre sempre que o equilíbrio entre a superfície dentária e o fluido da placa é alterado, como resultado da metabolização de carboidratos fermentáveis pelos microrganismos (Buischi, 2000).
A gengivite, inflamação dos tecidos gengivais, pode ocorrer em forma aguda, subaguda ou crônica. Esta pode aparecer devido a fatores locais, tais como a presença de microrganismos e impactação de alimentos ou devido a fatores sistêmicos como distúrbios de nutrição e características hereditárias. Além disso, a gengivite pode preceder e evoluir para a periodontite de maior gravidade, que envolve não só a gengiva, mas também o osso alveolar, o cemento e o ligamento periodontal, levando à perda de dentes (Regezi; Sciubba, 2000).” (p.466) “Algumas dessas afecções vêm sendo tratadas com a fitoterapia. Espécies como Cravo da Índia, Romã, Malva, Tanchagem, Amoreira, Sálvia, Camomila, entre outras, são indicadas nos casos de gengivite, abscesso na boca, inflamação e aftas (Torres et al., 2000; Blumenthal et al., 2000; Franco; Fontana, 2002; Brandão et al., 2003; Barreto et al., 2005; Brandão et al., 2006; Silva et al., 2006; Agra et al., 2007).” (p.466;467)
“As plantas têm sido, desde a antiguidade, um recurso ao alcance do ser humano. O homem encontrou nas chamadas plantas medicinais, virtudes que foram transmitidas de geração a geração. Essas plantas têm significado um marco na história do desenvolvimento de nações. Até nas sociedades mais industrializadas, o uso de vegetais in natura pela população vem cada vez mais se intensificando (Miguel; Miguel, 1999).”(p.467)
“Foram encontradas 132 espécies, distribuídas em 52 Famílias Botânicas, citadas como úteis no tratamento de afecções odontológicas.” (p.467)
“A fitoterapia proporciona alternativas de tratamento para afecções odontológicas. No estudo realizado, observou-se que Punica granatum L., Althaea offi cinalis L., Salvia offi cinalis L., Calendula officinalis L., Malva sylvestris L e Plantago major L. foram as mais citadas nas bibliografi as pesquisadas. Todas estas espécies têm sido amplamente empregadas na medicina popular e vêm sendo submetidas a alguns ensaios na área de Odontologia. Embora o emprego dessas plantas seja difundido, ainda faltam estudos científicos que comprovem o uso para a maioria dessas espécies nas afecções odontológicas.” (p.468)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2007000300022&lang=pt
Francielda Q. Oliveira, Bárbara Gobira, Carolina Guimarães, Jamylle Batista, Mariana
Barreto, Mônica Souza. Espécies vegetais indicadas na odontologia.
“A cárie dentária é uma infecção microbiana dos tecidos calcificados dos dentes, um processo dinâmico caracterizado por perda mineral, que ocorre sempre que o equilíbrio entre a superfície dentária e o fluido da placa é alterado, como resultado da metabolização de carboidratos fermentáveis pelos microrganismos (Buischi, 2000).
A gengivite, inflamação dos tecidos gengivais, pode ocorrer em forma aguda, subaguda ou crônica. Esta pode aparecer devido a fatores locais, tais como a presença de microrganismos e impactação de alimentos ou devido a fatores sistêmicos como distúrbios de nutrição e características hereditárias. Além disso, a gengivite pode preceder e evoluir para a periodontite de maior gravidade, que envolve não só a gengiva, mas também o osso alveolar, o cemento e o ligamento periodontal, levando à perda de dentes (Regezi; Sciubba, 2000).” (p.466) “Algumas dessas afecções vêm sendo tratadas com a fitoterapia. Espécies como Cravo da Índia, Romã, Malva, Tanchagem, Amoreira, Sálvia, Camomila, entre outras, são indicadas nos casos de gengivite, abscesso na boca, inflamação e aftas (Torres et al., 2000; Blumenthal et al., 2000; Franco; Fontana, 2002; Brandão et al., 2003; Barreto et al., 2005; Brandão et al., 2006; Silva et al., 2006; Agra et al., 2007).” (p.466;467)
“As plantas têm sido, desde a antiguidade, um recurso ao alcance do ser humano. O homem encontrou nas chamadas plantas medicinais, virtudes que foram transmitidas de geração a geração. Essas plantas têm significado um marco na história do desenvolvimento de nações. Até nas sociedades mais industrializadas, o uso de vegetais in natura pela população vem cada vez mais se intensificando (Miguel; Miguel, 1999).”(p.467)
“Foram encontradas 132 espécies, distribuídas em 52 Famílias Botânicas, citadas como úteis no tratamento de afecções odontológicas.” (p.467)
“A fitoterapia proporciona alternativas de tratamento para afecções odontológicas. No estudo realizado, observou-se que Punica granatum L., Althaea offi cinalis L., Salvia offi cinalis L., Calendula officinalis L., Malva sylvestris L e Plantago major L. foram as mais citadas nas bibliografi as pesquisadas. Todas estas espécies têm sido amplamente empregadas na medicina popular e vêm sendo submetidas a alguns ensaios na área de Odontologia. Embora o emprego dessas plantas seja difundido, ainda faltam estudos científicos que comprovem o uso para a maioria dessas espécies nas afecções odontológicas.” (p.468)
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2007000300022&lang=pt
Artigo 2 - Gincana
A tradição da Odontologia no neolítico se constitui na mais antiga evidência de nossa profissão.
“Avanços têm levado a menores índices CPOD na maior parte da população mundial que tem acesso ao tratamento dentário. Entretanto, a Odontologia ainda é associada ao tratamento da cárie, não apenas porque essa condição começou a ser vencida de forma relativamente recente, mas também porque esse é o tipo de intervenção mais ancestral que se provê à boca. Achados recentes deslocaram ainda mais para o passado os primeiros vestígios do tratamento dentário.” (p.15)
“Um estudo publicado no mês de abril deste ano, na revista Nature, descreve os achados de um sítio neolítico no Paquistão. Nove crânios pertencentes a quatro mulheres, dois homens e três indivíduos de gênero não identificado exibiam dentes com preparos cavitários delicados feitos, em quase todos os casos, na superfície oclusal dos dentes. Eles viveram em um período que se iniciou há 9.000 anos e se encerrou há 7.500.” (p.15)
“Presumivelmente, a tecnologia utilizada fora desenvolvida para a produção de contas de colares e outros ornamentos e, subseqüentemente, transferida para uma forma de Odontologia ancestral. É interessante notar que a prática se estendeu por um período de 1.500 anos, mas cessou há cerca de 6.500 anos, apesar da baixa saúde dentária que ainda persistiu.” (p.15)
fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-54192006000300002&lang=pt
Jorge faber - Doutor em Biologia - Morfologia, Laboratório de Microscopia Eletrônica da Universidade de Brasília. Mestre em Ortodontia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Clínica privada focada no atendimento de pacientes adultos.A tradição da Odontologia no neolítico se constitui na mais antiga evidência de nossa profissão.
“Avanços têm levado a menores índices CPOD na maior parte da população mundial que tem acesso ao tratamento dentário. Entretanto, a Odontologia ainda é associada ao tratamento da cárie, não apenas porque essa condição começou a ser vencida de forma relativamente recente, mas também porque esse é o tipo de intervenção mais ancestral que se provê à boca. Achados recentes deslocaram ainda mais para o passado os primeiros vestígios do tratamento dentário.” (p.15)
“Um estudo publicado no mês de abril deste ano, na revista Nature, descreve os achados de um sítio neolítico no Paquistão. Nove crânios pertencentes a quatro mulheres, dois homens e três indivíduos de gênero não identificado exibiam dentes com preparos cavitários delicados feitos, em quase todos os casos, na superfície oclusal dos dentes. Eles viveram em um período que se iniciou há 9.000 anos e se encerrou há 7.500.” (p.15)
“Presumivelmente, a tecnologia utilizada fora desenvolvida para a produção de contas de colares e outros ornamentos e, subseqüentemente, transferida para uma forma de Odontologia ancestral. É interessante notar que a prática se estendeu por um período de 1.500 anos, mas cessou há cerca de 6.500 anos, apesar da baixa saúde dentária que ainda persistiu.” (p.15)
fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-54192006000300002&lang=pt
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Divulgando os trabalhos dos colegas.
Aí vão os vídeos legendados e visitas a APAE pelos alunos das turmas de odontologia do 1º semestre 2011 :
Vídeos:
Ícaro Meneses
Arôdo Tenório
Valdemir Silva
Valeska Ewillin
Ana Luiza Andrade
Isadora moreira
Felipe Araújo
Lorem Krsna
Patrícia Marciel
APAE:
Isabela Macêdo
Ismael Luna
Eugênia
Caio Sávio
Patrícia Mylena
Amanda magalhães
Vídeos:
Ícaro Meneses
Arôdo Tenório
Valdemir Silva
Valeska Ewillin
Ana Luiza Andrade
Isadora moreira
Felipe Araújo
Lorem Krsna
Patrícia Marciel
APAE:
Isabela Macêdo
Ismael Luna
Eugênia
Caio Sávio
Patrícia Mylena
Amanda magalhães
terça-feira, 24 de maio de 2011
Visita a APAE.
No dia 19-05-2011, nós da turma 106.1 de Odontologia, visitamos a APAE aqui em Juazeiro do Norte - CE.
Nessa visita nós conhecemos a instituição, e tivemos contato com as crianças que recebiam o apoio educativo e psicológico da mesma.
Muitas atividades interessantes foram observadas, inclusive que as crianças têm atendimento dos profissionais da saúde da região.
Existe também trabalho voluntário. A coordenadora que estava com a gente na APAE nos explicou como a instituição funciona, e seus mecanismos de verba e educação como um todo.
Nessa visita nós conhecemos a instituição, e tivemos contato com as crianças que recebiam o apoio educativo e psicológico da mesma.
Muitas atividades interessantes foram observadas, inclusive que as crianças têm atendimento dos profissionais da saúde da região.
Existe também trabalho voluntário. A coordenadora que estava com a gente na APAE nos explicou como a instituição funciona, e seus mecanismos de verba e educação como um todo.
sábado, 21 de maio de 2011
A vida interior de uma célula. (vídeo legendado)
O vídeo é melhor visualizado pelo youtube: www.youtube.com/watch?v=ng-B1iNnMUI
quinta-feira, 19 de maio de 2011
terça-feira, 17 de maio de 2011
Entrevista com Nalini Drieli Josviak
Perfil: Nalini Drieli Josviak
Bióloga - Laboratório de Polimorfismos e Ligação
Aluna de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Genética - UFPR
Natã Cavalcante - Quais as suas principais motivações para fazer pós-graduação em genética?
Nalini Josviak - A principal motivação foi meu interesse em trabalhar com pesquisas científicas e assim contribuir com novas descobertas para a ciência. Em segundo lugar, a opção em adquirir títulações além da graduação certamente resultaria em melhores oportunidades em um mercado de trabalho que está cada vez mais competitivo.
Natã Cavalcante - Como bióloga, quais seus planos e aplicações para sua área depois da pós-graduação?
Nalini Josviak - A pós-graduação abre portas para o mercado de trabalho, mas também torna nosso conhecimento cada vez mais específico, assim, como bióloga eu pretendo trabalhar em pesquisas que envolvam genes para doenças humanas, e paralelo ao trabalho laboratorial atuarei também na área acadêmica, levando aos cursos da área da saúde as aplicações desta ciência.
Natã Cavalcante - Em que área você está trabalhando no momento, dentro da genética?
Nalini Josviak - Atualmente trabalho com estudo de associação de genes que podem estar envolvidos no desenvolvimento de Diabetes tipos I e II e Obesidade.
Natã Cavalcante - Você está fazendo alguma pesquisa ou está interessada em algo para pesquisar?
Nalini Josviak - Sim, no mestrado além das disciplinas temos que desenvolver uma pesquisa, a qual será nossa dissertação de mestrado.
Natã Cavalcante - De toda a genética, qual(is) o(os) assunto(os) que te chama(m) mais a atenção? Por quê?
Nalini Josviak - O que mais me chama atenção é como os vários genes podem estar envolvidos em cada doença humana, como as alterações no genoma afetam o percurso normal do nosso sistema biológico, como isto é transmitido e o que pode ser feito para evitar certas doenças. Essas questões são interessantes pois são através delas que podemos desenvolver novas terapias, drogas e prevenção de doenças.
Natã Cavalcante - A área da genética em que você trabalha, pode ter aplicações ou implicações para a odontologia?
Nalini Josviak - Com certeza! alterações ou doenças odontológicas podem estar envolvidos com predisposição genética..mas em que genes? quais alelos? ..essas perguntas podem ser respondidas com pesquisa em genética.
Natã Cavalcante - Como profissional e estudante de Genética, você ainda tem interesse em se aprofundar ainda mais na genética?
Nalini Josviak - Sim! Genética é uma área fascinante e que tem muito a contribuir para a ciência. Após o mestrado pretendo ingressar no doutorado e pós-doc.
Bióloga - Laboratório de Polimorfismos e Ligação
Aluna de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Genética - UFPR
Natã Cavalcante - Quais as suas principais motivações para fazer pós-graduação em genética?
Nalini Josviak - A principal motivação foi meu interesse em trabalhar com pesquisas científicas e assim contribuir com novas descobertas para a ciência. Em segundo lugar, a opção em adquirir títulações além da graduação certamente resultaria em melhores oportunidades em um mercado de trabalho que está cada vez mais competitivo.
Natã Cavalcante - Como bióloga, quais seus planos e aplicações para sua área depois da pós-graduação?
Nalini Josviak - A pós-graduação abre portas para o mercado de trabalho, mas também torna nosso conhecimento cada vez mais específico, assim, como bióloga eu pretendo trabalhar em pesquisas que envolvam genes para doenças humanas, e paralelo ao trabalho laboratorial atuarei também na área acadêmica, levando aos cursos da área da saúde as aplicações desta ciência.
Natã Cavalcante - Em que área você está trabalhando no momento, dentro da genética?
Nalini Josviak - Atualmente trabalho com estudo de associação de genes que podem estar envolvidos no desenvolvimento de Diabetes tipos I e II e Obesidade.
Natã Cavalcante - Você está fazendo alguma pesquisa ou está interessada em algo para pesquisar?
Nalini Josviak - Sim, no mestrado além das disciplinas temos que desenvolver uma pesquisa, a qual será nossa dissertação de mestrado.
Natã Cavalcante - De toda a genética, qual(is) o(os) assunto(os) que te chama(m) mais a atenção? Por quê?
Nalini Josviak - O que mais me chama atenção é como os vários genes podem estar envolvidos em cada doença humana, como as alterações no genoma afetam o percurso normal do nosso sistema biológico, como isto é transmitido e o que pode ser feito para evitar certas doenças. Essas questões são interessantes pois são através delas que podemos desenvolver novas terapias, drogas e prevenção de doenças.
Natã Cavalcante - A área da genética em que você trabalha, pode ter aplicações ou implicações para a odontologia?
Nalini Josviak - Com certeza! alterações ou doenças odontológicas podem estar envolvidos com predisposição genética..mas em que genes? quais alelos? ..essas perguntas podem ser respondidas com pesquisa em genética.
Natã Cavalcante - Como profissional e estudante de Genética, você ainda tem interesse em se aprofundar ainda mais na genética?
Nalini Josviak - Sim! Genética é uma área fascinante e que tem muito a contribuir para a ciência. Após o mestrado pretendo ingressar no doutorado e pós-doc.
sábado, 23 de abril de 2011
História do Processo de Individualização da Criança: Reflexos na Odontologia
1/10/2008
Profa. Dra. Andiara De Rossi
Resumo
A visão e o interesse que se tem pela criança hoje em dia, bem como o relacionamento entre o adulto e a criança, sofreram importantes mudanças ao longo do tempo. A individualização da criança é importante nos direcionamentos de atitudes em Odontopediatria. O conhecimento da atenção à criança a partir de uma perspectiva histórica permite fornece elementos para que se busque a compreensão de seu sentido e significado dentro de um contexto mais amplo. Este artigo tem como objetivo apresentar as diferentes concepções da criança e de sua educação dentro da família em diferentes contextos sócio-histórico-culturais, que culminaram com a criação da especialidade de Odontopediatria.
Artigo
Historicamente, a Odontologia se direcionou para o atendimento de crianças a partir dos 6 anos de idade, deixando em planos secundários a atenção voltada para a gestante e para o bebê (paciente na faixa de zero a três anos de idade). Este fato, ocorreu principalmente devido a problemas referentes ao acúmulo de doença, ao estabelecimento de prioridades e à deficiência de recursos humanos e financeiros na área da saúde bucal. Ainda hoje, um fator que limita a atenção odontológica aos bebês é a influência cultural da população, incluindo profissionais de saúde, que acredita não ser necessário o tratamento odontológico até que a dentição decídua esteja completa, ou até os 3 anos de idade, quando a criança apresenta condições psicológicas que possibilitem seu atendimento. Entretanto, diante dos novos conhecimentos sobre psicologia infantil e sobre a importância da manutenção dos dentes decíduos no arco, até sua esfoliação, os conceitos sobre o atendimento Odontopediátrico sofreram profundas e importantes transformações.
Durante séculos predominou na Europa ocidental uma consciência “naturalista” da vida e da passagem do tempo. Até o século XIX existia uma sociedade rural que atribuía à terra-mãe a origem de toda forma de vida. A terra, considerada fonte de fertilidade, era responsável pelo início e pelo final da vida. Os ritos de fertilidade eram realizados em pedras, árvores e fontes como se a semente da criança estivesse na natureza. O indivíduo saía da terra, através de sua concepção, e a ela voltava através da morte. Sob a terra estavam almas de ancestrais esperando reencarnação. Existia o hábito de dar às crianças o nome dos avós para assegurar a continuidade da família. Nada era mais grave que a esterilidade do casal, pois interrompia a continuidade da linhagem. Assim, existia a idéia de um mundo pleno, uma grande família de vivos e mortos, sempre igual em número.
O arco da vida, o qual o mundo seguia, consistia em uma renovação sem fim que estabelecia um ciclo vital circular de sucessão de gerações. Nesse contexto, o corpo da pessoa não era apenas seu mas sim da família toda e dos ancestrais mortos. Havia uma contradição entre o o corpo coletivo, que garantia continuidade da linhagem, e o corpo individual e autônomo, no qual o indivíduo poderia “viver a própria vida”. O corpo não era autonomia da pessoa. O indivíduo dispunha do próprio corpo apenas se não contrariasse os interesses da família, não podendo assim viver a vida de sua maneira.
A criança também era considerada como parte do corpo coletivo. Nesse sentido era uma criança pública. No entanto, ao nascimento era incapaz de satisfazer suas necessidades vitais sozinha. Assim, tinha um estreito laço de união com a mãe, o que a tornava privada. Ao desmamar, aos 24 ou 30 meses, a criança passava a ter uma educação pública. O público e o privado coexistiam na criança que dependia tanto de um como de outro. Ainda, a criança nascia em local privado, na casa de seus pais, mas tal ato tornava-se público na presença de parentes e vizinhos. Os primeiros passos eram simbólicos, um ritual público para demonstração da continuidade da linhagem, e por isso realizados no local onde repousavam os ancestrais: cemitério ou igreja.
A primeira infância era a época das aprendizagens. Aprendizagem do espaço da casa, aldeia, das redondezas, das regras da cominidade, dos brinquedos e da relação com outras crianças da mesma idade ou mais velhas. A partir de 7 e 8 anos, os meninos iam com o pai aos campos e as meninas ficavam com a mãe aprendendo seu futuro papel de mulher. A educação da criança e adolescente visava o fortalecimento do corpo, dos sentidos e a transmissão da vida, assegurando a continuidade da família. Assim, a educação era comum a todos e havia pouca intimidade
No final do século XIV, surgem sinais de uma nova relação com a criança nos meios abastados da cidade. Trata-se de uma vontade cada vez mais forte de preservar a vida, reduzindo as demonstrações de afetividade. No começo da década de 1580, quando o filho de Scevole estava quase perdendo um filho doente, desacreditado pelos médicos, passou a pesquisar tudo relacionado às crianças e os segredos da física e da natureza. Como era muito inteligente, evitou a morte do filho. Ficou conhecido por ressaltar a meneira de alimentação das crianças em um poema. Essa atitude representa as novas elites sociais do Renascimento.
Essa vontade de salvar a criança aumenta no século XVII, e madame de Sévigné expressa bem essa vontade quando sua neta fica doente e ela diz; “não quero que ela morra”. Antes os pais também não aceitavam a perda do filho e buscavam cuidados médicos mas a consciência do ciclo vital era diferente e o único recurso para eles após a morte era ter outro filho.
A recusa da doença da criança constitui um aspecto de uma nova consciência da vida e do tempo. A vontade de curar, revela um novo olhar que o homem lança sobre si mesmo. Entretanto, os médicos não davam conta de atender a demanda de cuidados que surgia por toda parte. Nesse contexto ressaltou-se a idéia da prevenção das doenças. A prevenção era o meio eficaz para os pais preservarem a saúde de seus filhos, sem o recurso da medicina. Atualmente esse contexto de prevenção das doenças ainda é enfatizado juntamente com a promoção de saúde, ou seja sabe-se que a forma mais eficaz de prevenir a doença é promovendo a saúde.
Inicia-se o dilema entre a continuidade da linhagem e o crescente desejo do indivíduo de viver plenamente sua vida e dela dispor com liberdade. Até então o indivíduo não se preocupava consigo mesmo e agora passa a pensar em seus próprios interesses e aprende que o tempo é seu: o tempo de viver. Visando resolver o dilema entre o desejo de viver e a vontade de perpetuar, os comportamentos familiares começam a se modificar.
No século XVIII, a Revolução Industrial altera a economia para a propriedade privada. O surgimento do espírito calculista, originado da propriedade privada, não se restringe ao comércio. A medida que o poder do indivíduo aumenta, o espírito da linhagem enfraquece. Antes os vínculos parentais eram carnais, de propriedade coletiva do corpo, mas agora os vínculos começam a se dissociar, o corpo passa a ser individual. Cada indivíduo protege o seu corpo do sofrimento e passa a perpetuá-lo através dos filhos. Através dos filhos os indivíduos podem assegurar suas propriedades privadas através de heranças, única forma de manter os bens da família como individuais. Inicia-se a valorização da criança como bem privado e não da coletivo, um meio de assegurar a propriedade conquistada.
Uma consciência linear de existência e de tempo progressivamente sucede a consciência do ciclo vital circular, inicialmente entre os setores ricos, nas grandes cidades e depois nos burgos e no campo. Nesse contexto cada indivíduo tem seu próprio peso, seu poder e sua própria personalidade na estrutura familiar. A família recolhe-se a um espaço doméstico mais íntimo. A estreita relação com a terra mãe tende a desaparecer, há menos lugar no tempo para consagrar os ancestrais e os problemas de esterilidade dos casais não se resolvem com rituais naturais mágicos, como na consciência do ciclo vital circular.
Na primeira parte do século XVIII, já se evidencia um novo sentimento da infância, uma mudança cultural que ocorre durante um período de tempo extenso, sem cronologia precisa. Sabe-se que com o surgimento das cidades (Itália, França e Inglaterra) a família moderna fica reduzida ao casal e aos filhos. Logo que nasciam, as crianças entravam num universo de coibições, representados pelo uso de faixas, que lhe impediam total movimentação corporal, e de tocas e gorros que deformavam a cabeça. Nessa nova etapa, a criança podia ainda receber aleitamento por uma ama estranha à família. Os moralistas desaconselhavam esta prática pois acreditavam que era perigoso para uma criança ainda “inacabada” ser alimentada por uma mercenária pois, na consciência naturalista o aleitamento era considerado uma tranfusão de espíritos da natureza, e a identidade da criança corria o risco de ser afetada. Essa separação temporária entre mãe e filho muitas vezes resultava na morte do bebê e era condenada por alguns.
Valores diferentes impoem-se na vida urbana, muito diferentes da vida rural anterior. No ciclo vital, a posição da mulher está apenas como reprodutora. Podia-se escolher entre entregar ou não o filho a uma ama. A natureza continuava falar em favor do filho criado pela mãe. Assim, as questões começam a receber respostas variadas. Alguns pais entregavam seus filhos à nutriz e outros encontravam na companhia dele “divertimento e alegria”.
Com as novas relações estabelecidas com a criança, os novos pais, “apaixonados demais pelos filhos” influenciam o comportamento de seus filhos e poderiam não perceber o mal que lhes faziam ao mimá-los, deixando fazer tudo que queriam, e passariam maus-hábitos para a vida adulta. A educação privada conferia muito espaço para a afetividade.
Assim, a longo do século XVII, a Igreja e o Estado retomam o sistema educativo, numa transferência do privado ao público, visando principalmente controlar a sociedade e modelar a criança para o novo Estado-Nação. Essa nova cultura educativa se estabelece nos colégios, que recebem aprovação dos pais, convencidos que é preciso reprimir instintos primários de seus filhos e sujeitar seus desejos ao controle da razão. Colocar o filho na escola significa tirar da natureza. A nova educação modela as mentes seguindo a tendência do individualismo. A consciência de vida não visa o respeito às antigas solidariedades, mas a valorização do indivíduo e o fornecimento de conhecimento que seus pais não poderiam dar. Assim se dá a passagem da família tronco à família nuclear e de um sistema de educação pública e comunitária a uma educação pública do tipo escolar visando integrar a criança na coletividade.
O papel mais importante da Igreja e do Estado foi na difusão de modelos ideológicos que “privatizavam” a imagem da criança na sociedade. Isso fortalece a emergência da criança como indivíduo na sociedade ocidental. A Igreja difunde dois modelos de criança: criança mística e Criança-Cristo. A imagem do homem santo estava no menino santo: idéia da santidade infantil. A infância mística, de dedicação à Deus propunha a posteridade em nível espiritual, levando a ruptura do ciclo naturalista da vida e do tempo.
A criança, para fazer sua aprendizagem essencial, sempre dependeu ao mesmo tempo do “público”, do exterior, e do “privado”, dos pais. Algumas vezes dependendo mais de um que de outro, dependendo dos séculos. Assim, o estudo da situação da criança remete a níveis de representações e práticas. Em síntese, o sentido da evolução é aparentemente claro: cada vez mais se atribui à criança a posição que hoje ela ocupa na família.
De acordo com o autor, é difícil acreditar que a um período de indiferença com relação a criança teria suscedido outro durante o qual, com ajuda do “progresso” e da “civilização”, teria prevalecido o interesse. “O interesse ou a indiferença com relação à criança não são realmente característica desse ou daquele período da história. As duas atitudes coexistem no seio de uma mesma sociedade, uma prevalescendo sobre a outra em determinado momento por motivos culturais e sociais que nem sempre é fácil distinguir.” A indiferença medieval pela criança é uma fábula pois, como vimos, os pais se preocupavam com a saúde e com a cura de seus filhos.
Assim, devemos interpretar o “sentimento da infância” no século XVIII, quer dizer; “nosso sentimento da infância”, como sintoma de uma profunda transformação nas crenças e estruturas de pensamento da atitude ocidental com relação a vida e ao corpo. A um imaginário da vida de linhagem e comunidade que substituiu o da família nuclear. A uma situação em que o “público” e o “privado” desempenhavam seu papel na formação da criança, sucedeu outra que amplia o direito da mãe e, sobretudo, do pai sobre o filho. No individualismo crescente, disposto a favorecer o desenvolvimento da criança encorajado pela Igreja e pelo Estado, o casal delegou parte de seus poderes ao educador. Ao modelo rural suscedeu o modelo urbano e o desejo de ter filhos não para assegurar a continuidade do ciclo, mas simplesmente para amá-los e ser amados por eles.
Os reflexos dessas mudanças também aparecem na Odontologia, data de 1897 o primeiro registro de serviços profissionais dedicados à criança, e de 1925 o primeiro livro sobre Odontologia Infantil, ambos nos EUA. No Brasil, em 1923 Pereira lança o livro Educação Dentária da Criança, enfatizando que “é necessário começar a profilaxia de cárie no ventre materno, com formação de órgãos dentários sadios e bem calcificados”, já preconizando a necessidade de limpeza dos dentes logo que irrompessem. O primeiro relato de atenção Odontológica voltada para bebês, data de 1986, com a criação da Clínica de Bebês da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que oferece medidas educativas direcionadas aos pais, além de tratamento Odontológico direcionado especificamente aos bebês. O programa, que dura 15 anos, mostra seus resultados positivos a favor de uma Odontologia preventiva, e transfere esta prática ao setor público, Universidades e profissionais que exercem atividades em clínica particular. A partir de então, surgiram diversos relatos na literatura sobre experiências com bebês, como o de Goepferd, sobre um trabalho desenvolvido durante 18 meses, que envolveu a participação de 180 bebês em um Programa de Saúde Bucal na Universidade de IOWA. Desta experiência, concluiu-se que o contato com os pais e crianças, por meio da demonstração de técnicas de higiene bucal e avaliação individual da situação familiar foram imperativos para a obtenção de ótimos resultados em saúde bucal.
REFERÊNCIAS
1. CALDANA, R. H. L., BIASOLI ALVES,, Z. M. M. Psicologia do desenvolvimento: contribuição à Odontopediatria. Rev. Odont. USP, v. 4, p. 256-60, 1990.
2. GÉLIS, J. A Individualização da Criança. In: Chartier, R. (org). História da vida privada 3: da Renascença ao Século das Luzes. SP: Cia das Letras, 1991.
3. TORRIANI, D.D. Análise do comportamento de bebês durante o atendimento odontológico: relação entre sexo, idade e dentes irrompidos. 1999. 139f. Dissertação (Mestrado em Odontologia)- Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista “ Júlio de Mesquita Filho”, Araçatuba.
4. WALTER, L.R.F.; FERELLE, A.; ISSAO, M. Odontologia para o Bebê. São Paulo: Artes Médicas, 1996.
Sobre a Autora:
Cirurgiã-Dentista, Especialista em Odontopediatria
Mestre em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP
Doutora em Patologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP
Pós-doutoranda em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP
contato: andiaraderossi@bol.com.br
>> Pessoal, quem achou interessante vale apenas dá uma olhada, vários artigos sobre muitas coisas, como por exemplo mercado de trabalho e marketing odontológico, entre outras utilidades para quem faz arte da odontologia.
'Natã Cavalcante
1/10/2008
Profa. Dra. Andiara De Rossi
Resumo
A visão e o interesse que se tem pela criança hoje em dia, bem como o relacionamento entre o adulto e a criança, sofreram importantes mudanças ao longo do tempo. A individualização da criança é importante nos direcionamentos de atitudes em Odontopediatria. O conhecimento da atenção à criança a partir de uma perspectiva histórica permite fornece elementos para que se busque a compreensão de seu sentido e significado dentro de um contexto mais amplo. Este artigo tem como objetivo apresentar as diferentes concepções da criança e de sua educação dentro da família em diferentes contextos sócio-histórico-culturais, que culminaram com a criação da especialidade de Odontopediatria.
Artigo
Historicamente, a Odontologia se direcionou para o atendimento de crianças a partir dos 6 anos de idade, deixando em planos secundários a atenção voltada para a gestante e para o bebê (paciente na faixa de zero a três anos de idade). Este fato, ocorreu principalmente devido a problemas referentes ao acúmulo de doença, ao estabelecimento de prioridades e à deficiência de recursos humanos e financeiros na área da saúde bucal. Ainda hoje, um fator que limita a atenção odontológica aos bebês é a influência cultural da população, incluindo profissionais de saúde, que acredita não ser necessário o tratamento odontológico até que a dentição decídua esteja completa, ou até os 3 anos de idade, quando a criança apresenta condições psicológicas que possibilitem seu atendimento. Entretanto, diante dos novos conhecimentos sobre psicologia infantil e sobre a importância da manutenção dos dentes decíduos no arco, até sua esfoliação, os conceitos sobre o atendimento Odontopediátrico sofreram profundas e importantes transformações.
Durante séculos predominou na Europa ocidental uma consciência “naturalista” da vida e da passagem do tempo. Até o século XIX existia uma sociedade rural que atribuía à terra-mãe a origem de toda forma de vida. A terra, considerada fonte de fertilidade, era responsável pelo início e pelo final da vida. Os ritos de fertilidade eram realizados em pedras, árvores e fontes como se a semente da criança estivesse na natureza. O indivíduo saía da terra, através de sua concepção, e a ela voltava através da morte. Sob a terra estavam almas de ancestrais esperando reencarnação. Existia o hábito de dar às crianças o nome dos avós para assegurar a continuidade da família. Nada era mais grave que a esterilidade do casal, pois interrompia a continuidade da linhagem. Assim, existia a idéia de um mundo pleno, uma grande família de vivos e mortos, sempre igual em número.
O arco da vida, o qual o mundo seguia, consistia em uma renovação sem fim que estabelecia um ciclo vital circular de sucessão de gerações. Nesse contexto, o corpo da pessoa não era apenas seu mas sim da família toda e dos ancestrais mortos. Havia uma contradição entre o o corpo coletivo, que garantia continuidade da linhagem, e o corpo individual e autônomo, no qual o indivíduo poderia “viver a própria vida”. O corpo não era autonomia da pessoa. O indivíduo dispunha do próprio corpo apenas se não contrariasse os interesses da família, não podendo assim viver a vida de sua maneira.
A criança também era considerada como parte do corpo coletivo. Nesse sentido era uma criança pública. No entanto, ao nascimento era incapaz de satisfazer suas necessidades vitais sozinha. Assim, tinha um estreito laço de união com a mãe, o que a tornava privada. Ao desmamar, aos 24 ou 30 meses, a criança passava a ter uma educação pública. O público e o privado coexistiam na criança que dependia tanto de um como de outro. Ainda, a criança nascia em local privado, na casa de seus pais, mas tal ato tornava-se público na presença de parentes e vizinhos. Os primeiros passos eram simbólicos, um ritual público para demonstração da continuidade da linhagem, e por isso realizados no local onde repousavam os ancestrais: cemitério ou igreja.
A primeira infância era a época das aprendizagens. Aprendizagem do espaço da casa, aldeia, das redondezas, das regras da cominidade, dos brinquedos e da relação com outras crianças da mesma idade ou mais velhas. A partir de 7 e 8 anos, os meninos iam com o pai aos campos e as meninas ficavam com a mãe aprendendo seu futuro papel de mulher. A educação da criança e adolescente visava o fortalecimento do corpo, dos sentidos e a transmissão da vida, assegurando a continuidade da família. Assim, a educação era comum a todos e havia pouca intimidade
No final do século XIV, surgem sinais de uma nova relação com a criança nos meios abastados da cidade. Trata-se de uma vontade cada vez mais forte de preservar a vida, reduzindo as demonstrações de afetividade. No começo da década de 1580, quando o filho de Scevole estava quase perdendo um filho doente, desacreditado pelos médicos, passou a pesquisar tudo relacionado às crianças e os segredos da física e da natureza. Como era muito inteligente, evitou a morte do filho. Ficou conhecido por ressaltar a meneira de alimentação das crianças em um poema. Essa atitude representa as novas elites sociais do Renascimento.
Essa vontade de salvar a criança aumenta no século XVII, e madame de Sévigné expressa bem essa vontade quando sua neta fica doente e ela diz; “não quero que ela morra”. Antes os pais também não aceitavam a perda do filho e buscavam cuidados médicos mas a consciência do ciclo vital era diferente e o único recurso para eles após a morte era ter outro filho.
A recusa da doença da criança constitui um aspecto de uma nova consciência da vida e do tempo. A vontade de curar, revela um novo olhar que o homem lança sobre si mesmo. Entretanto, os médicos não davam conta de atender a demanda de cuidados que surgia por toda parte. Nesse contexto ressaltou-se a idéia da prevenção das doenças. A prevenção era o meio eficaz para os pais preservarem a saúde de seus filhos, sem o recurso da medicina. Atualmente esse contexto de prevenção das doenças ainda é enfatizado juntamente com a promoção de saúde, ou seja sabe-se que a forma mais eficaz de prevenir a doença é promovendo a saúde.
Inicia-se o dilema entre a continuidade da linhagem e o crescente desejo do indivíduo de viver plenamente sua vida e dela dispor com liberdade. Até então o indivíduo não se preocupava consigo mesmo e agora passa a pensar em seus próprios interesses e aprende que o tempo é seu: o tempo de viver. Visando resolver o dilema entre o desejo de viver e a vontade de perpetuar, os comportamentos familiares começam a se modificar.
No século XVIII, a Revolução Industrial altera a economia para a propriedade privada. O surgimento do espírito calculista, originado da propriedade privada, não se restringe ao comércio. A medida que o poder do indivíduo aumenta, o espírito da linhagem enfraquece. Antes os vínculos parentais eram carnais, de propriedade coletiva do corpo, mas agora os vínculos começam a se dissociar, o corpo passa a ser individual. Cada indivíduo protege o seu corpo do sofrimento e passa a perpetuá-lo através dos filhos. Através dos filhos os indivíduos podem assegurar suas propriedades privadas através de heranças, única forma de manter os bens da família como individuais. Inicia-se a valorização da criança como bem privado e não da coletivo, um meio de assegurar a propriedade conquistada.
Uma consciência linear de existência e de tempo progressivamente sucede a consciência do ciclo vital circular, inicialmente entre os setores ricos, nas grandes cidades e depois nos burgos e no campo. Nesse contexto cada indivíduo tem seu próprio peso, seu poder e sua própria personalidade na estrutura familiar. A família recolhe-se a um espaço doméstico mais íntimo. A estreita relação com a terra mãe tende a desaparecer, há menos lugar no tempo para consagrar os ancestrais e os problemas de esterilidade dos casais não se resolvem com rituais naturais mágicos, como na consciência do ciclo vital circular.
Na primeira parte do século XVIII, já se evidencia um novo sentimento da infância, uma mudança cultural que ocorre durante um período de tempo extenso, sem cronologia precisa. Sabe-se que com o surgimento das cidades (Itália, França e Inglaterra) a família moderna fica reduzida ao casal e aos filhos. Logo que nasciam, as crianças entravam num universo de coibições, representados pelo uso de faixas, que lhe impediam total movimentação corporal, e de tocas e gorros que deformavam a cabeça. Nessa nova etapa, a criança podia ainda receber aleitamento por uma ama estranha à família. Os moralistas desaconselhavam esta prática pois acreditavam que era perigoso para uma criança ainda “inacabada” ser alimentada por uma mercenária pois, na consciência naturalista o aleitamento era considerado uma tranfusão de espíritos da natureza, e a identidade da criança corria o risco de ser afetada. Essa separação temporária entre mãe e filho muitas vezes resultava na morte do bebê e era condenada por alguns.
Valores diferentes impoem-se na vida urbana, muito diferentes da vida rural anterior. No ciclo vital, a posição da mulher está apenas como reprodutora. Podia-se escolher entre entregar ou não o filho a uma ama. A natureza continuava falar em favor do filho criado pela mãe. Assim, as questões começam a receber respostas variadas. Alguns pais entregavam seus filhos à nutriz e outros encontravam na companhia dele “divertimento e alegria”.
Com as novas relações estabelecidas com a criança, os novos pais, “apaixonados demais pelos filhos” influenciam o comportamento de seus filhos e poderiam não perceber o mal que lhes faziam ao mimá-los, deixando fazer tudo que queriam, e passariam maus-hábitos para a vida adulta. A educação privada conferia muito espaço para a afetividade.
Assim, a longo do século XVII, a Igreja e o Estado retomam o sistema educativo, numa transferência do privado ao público, visando principalmente controlar a sociedade e modelar a criança para o novo Estado-Nação. Essa nova cultura educativa se estabelece nos colégios, que recebem aprovação dos pais, convencidos que é preciso reprimir instintos primários de seus filhos e sujeitar seus desejos ao controle da razão. Colocar o filho na escola significa tirar da natureza. A nova educação modela as mentes seguindo a tendência do individualismo. A consciência de vida não visa o respeito às antigas solidariedades, mas a valorização do indivíduo e o fornecimento de conhecimento que seus pais não poderiam dar. Assim se dá a passagem da família tronco à família nuclear e de um sistema de educação pública e comunitária a uma educação pública do tipo escolar visando integrar a criança na coletividade.
O papel mais importante da Igreja e do Estado foi na difusão de modelos ideológicos que “privatizavam” a imagem da criança na sociedade. Isso fortalece a emergência da criança como indivíduo na sociedade ocidental. A Igreja difunde dois modelos de criança: criança mística e Criança-Cristo. A imagem do homem santo estava no menino santo: idéia da santidade infantil. A infância mística, de dedicação à Deus propunha a posteridade em nível espiritual, levando a ruptura do ciclo naturalista da vida e do tempo.
A criança, para fazer sua aprendizagem essencial, sempre dependeu ao mesmo tempo do “público”, do exterior, e do “privado”, dos pais. Algumas vezes dependendo mais de um que de outro, dependendo dos séculos. Assim, o estudo da situação da criança remete a níveis de representações e práticas. Em síntese, o sentido da evolução é aparentemente claro: cada vez mais se atribui à criança a posição que hoje ela ocupa na família.
De acordo com o autor, é difícil acreditar que a um período de indiferença com relação a criança teria suscedido outro durante o qual, com ajuda do “progresso” e da “civilização”, teria prevalecido o interesse. “O interesse ou a indiferença com relação à criança não são realmente característica desse ou daquele período da história. As duas atitudes coexistem no seio de uma mesma sociedade, uma prevalescendo sobre a outra em determinado momento por motivos culturais e sociais que nem sempre é fácil distinguir.” A indiferença medieval pela criança é uma fábula pois, como vimos, os pais se preocupavam com a saúde e com a cura de seus filhos.
Assim, devemos interpretar o “sentimento da infância” no século XVIII, quer dizer; “nosso sentimento da infância”, como sintoma de uma profunda transformação nas crenças e estruturas de pensamento da atitude ocidental com relação a vida e ao corpo. A um imaginário da vida de linhagem e comunidade que substituiu o da família nuclear. A uma situação em que o “público” e o “privado” desempenhavam seu papel na formação da criança, sucedeu outra que amplia o direito da mãe e, sobretudo, do pai sobre o filho. No individualismo crescente, disposto a favorecer o desenvolvimento da criança encorajado pela Igreja e pelo Estado, o casal delegou parte de seus poderes ao educador. Ao modelo rural suscedeu o modelo urbano e o desejo de ter filhos não para assegurar a continuidade do ciclo, mas simplesmente para amá-los e ser amados por eles.
Os reflexos dessas mudanças também aparecem na Odontologia, data de 1897 o primeiro registro de serviços profissionais dedicados à criança, e de 1925 o primeiro livro sobre Odontologia Infantil, ambos nos EUA. No Brasil, em 1923 Pereira lança o livro Educação Dentária da Criança, enfatizando que “é necessário começar a profilaxia de cárie no ventre materno, com formação de órgãos dentários sadios e bem calcificados”, já preconizando a necessidade de limpeza dos dentes logo que irrompessem. O primeiro relato de atenção Odontológica voltada para bebês, data de 1986, com a criação da Clínica de Bebês da Universidade Estadual de Londrina (UEL), que oferece medidas educativas direcionadas aos pais, além de tratamento Odontológico direcionado especificamente aos bebês. O programa, que dura 15 anos, mostra seus resultados positivos a favor de uma Odontologia preventiva, e transfere esta prática ao setor público, Universidades e profissionais que exercem atividades em clínica particular. A partir de então, surgiram diversos relatos na literatura sobre experiências com bebês, como o de Goepferd, sobre um trabalho desenvolvido durante 18 meses, que envolveu a participação de 180 bebês em um Programa de Saúde Bucal na Universidade de IOWA. Desta experiência, concluiu-se que o contato com os pais e crianças, por meio da demonstração de técnicas de higiene bucal e avaliação individual da situação familiar foram imperativos para a obtenção de ótimos resultados em saúde bucal.
REFERÊNCIAS
1. CALDANA, R. H. L., BIASOLI ALVES,, Z. M. M. Psicologia do desenvolvimento: contribuição à Odontopediatria. Rev. Odont. USP, v. 4, p. 256-60, 1990.
2. GÉLIS, J. A Individualização da Criança. In: Chartier, R. (org). História da vida privada 3: da Renascença ao Século das Luzes. SP: Cia das Letras, 1991.
3. TORRIANI, D.D. Análise do comportamento de bebês durante o atendimento odontológico: relação entre sexo, idade e dentes irrompidos. 1999. 139f. Dissertação (Mestrado em Odontologia)- Faculdade de Odontologia de Araçatuba, Universidade Estadual Paulista “ Júlio de Mesquita Filho”, Araçatuba.
4. WALTER, L.R.F.; FERELLE, A.; ISSAO, M. Odontologia para o Bebê. São Paulo: Artes Médicas, 1996.
Sobre a Autora:
Cirurgiã-Dentista, Especialista em Odontopediatria
Mestre em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP
Doutora em Patologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP
Pós-doutoranda em Odontopediatria pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USP
contato: andiaraderossi@bol.com.br
>> Pessoal, quem achou interessante vale apenas dá uma olhada, vários artigos sobre muitas coisas, como por exemplo mercado de trabalho e marketing odontológico, entre outras utilidades para quem faz arte da odontologia.
'Natã Cavalcante
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